terça-feira, 9 de junho de 2009


É uma dor constante, como é constante o pulsar do coração.
Uma dor insistente e só. Como sós são os pensamentos que tentam segurar nas mãos de outros feito ciranda, mas as mãos escapam...
A tua mão também se recusa a tocar a minha e teus pensamentos não alcançam os meus.
E a tua indiferença me fere de morte.
Minha dor e as lágrimas que escorrem copiosas dos meus olhos tristes não te comovem.
E você se fecha num mundo só seu, onde eu não caibo, eu não sei caber...
Sem uma palavra me afasto de você e sou imediatamente invadida pelo som do coração que me bate ruidosamente, violentamente no peito.
E o que me marca não é o som: é o intervalo.
É o que falta...

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