sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Estavam ali os dois havia muito tempo, meia hora, talvez, não sabia ao certo.
A cerveja quente no copo sujo diante de si, o calor insuportável,
o nó na garganta, ou mau cheiro lhe revirando o estômago
e aquele silêncio ensurdecedor formando uma barreira entre os eles.
Queria olhar fundo nos olhos castanhos dela e dizer que não podia mais,
que não queria, que sentia muito, que precisava sair daquilo,
que até já tinha comprado passagem pra Minas, ia dia 13, poltrona 26,
queria desesperadamente dizer que preferia mil vezes passar dias sacolejando num ônibus
que o levasse pra longe, que ficar mais cinco minutos suportanto aquela vida miserável ao lado dela...

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